Passando pelo espaço da “Beleza Potiguar”, o visitante
chega ao “Corredor Francisco Moreira de Carvalho”. “É uma homenagem ao herói do
povo pobre de Areia Branca, que ajudou a distribuir, igualitariamente, cestas
básicas enviadas pelo Governo para população que aqui estava durante a seca de
1877. E é no “Corredor” que estão presentes fotografias de diversas
personalidades que fizeram parte da história de Areia Branca, desde a mais
humilde até a mais abastarda financeiramente. “Prefeito, parteira, são pessoas
que prestaram serviço ao município”, explica Máximo Rebouças.
Além dos aproximadamente 20 mil itens expostos, outros 30 mil estão guardados
em um galpão, por não haver espaço suficiente para organizá-los na Casa Museu.
“Apenas 20% desse total foi doado, o restante fui eu quem comprei e continuo
comprando. Quase todos os dias adquiro alguma coisa nova de pessoas que vêm a
minha casa oferecendo objetos antigos. Quero que um dia isso tenha muito valor
para a cidade. As pessoas hoje não dão muito valor à cultura, vou persistir
muito ainda”, reflete Máximo, que gastou somente com a reforma do prédio cerca
de R$ 120 mil, valor que será descontado totalmente do seu salário de professor
da rede estadual de ensino até 2028. “Sobrevivo hoje com um salário de R$ 900
da rede municipal de Areia Branca e com a ajuda da mulher. Isso aqui é amor.
Podem chegar oferecendo R$ 40 milhões que não vendo. Não quero”.
FONTE - O MOSSOROENSE, EDIÇÃO DO DIA 8 DE DEZEMBRO DE 2012
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